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19 março 2010

Salmo do Domingo 21/03/2010

Salmo do Domingo 21/03/2010

Melodias:
     - Protal da Música católica

   - Canção Nova

Quais músicas usar na Semana Santa?

Quais músicas usar na Semana Santa?

Nós, muitas vezes, escolhemos músicas erradas para os tempos litúrgicos como o período quaresmal, lembrando que esse tempo começa na Quarta-feira de Cinzas. Nós precisamos estar atentos a tudo aquilo que a liturgia traz para cada dia. Porque dentro da Quaresma existem as festas [próprias], então, nestas festas abre-se uma exceção para se viver outra realidade dentro da liturgia.

A Quaresma é o tempo forte que a Igreja vive de conversão e as músicas precisam estar voltadas para esta sensibilidade de saber que nós todos precisamos nos converter.

Desde o mais simples ao mais nobre, do primeiro ao último, todos nós somos convidados para viver a conversão e as músicas precisam estar voltadas para essa realidade. Do início ao fim da Santa Missa as músicas precisam estar voltadas para a conversão.

Na Quaresma nós também somos convidados para viver, de acordo com a Igreja do Brasil, a Campanha da Fraternidade. Desde 2006 nos foi escrito um documento para que deixassem de ser obrigatórios todos os cantos da Campanha durante a Santa Missa devido ao tempo quaresmal. Sendo assim, você não está dispensado de viver o tema da Campanha da Fraternidade nesse período, porém, você pode pegar o Canto de Aclamação e o Hino da Campanha e sempre lembrar desse hino em algumas músicas. No entanto, neste ano de 2010 o CD não traz tema nenhum, nem de Ato Penitencial, nem de Ofertório porque já foi deixado claro que não é mais obrigatório cantar os cantos da Campanha da Fraternidade por conta do tempo vivido pela Igreja.

A Semana Santa é muito importante para a Igreja, nós vivemos um tempo muito forte, que começa no Domingo de Ramos. A Santa Missa não pode ser vivida de qualquer jeito como se fosse somente uma festa, ela começa com a festa da Procissão de Ramos, que é a exaltação do Cristo Filho, e nós não podemos esquecer que esta festa foi feita em Jerusalém quando Jesus passou entre o povo e os ramos eram levantados, aclamando “Hosana ao rei, filho de Davi”. Só que, na liturgia do Domingo de Ramos, nós já vivemos toda a intensidade da entrega de Jesus no Horto da Oliveiras, e nós não podemos nos esquecer de que o Domingo de Ramos é voltado para tudo que vai se viver na Semana Santa.

Do Domingo de Ramos ao Sábado de Aleluia se vive intensamente a Semana Santa. Seria muito bom que fossem tirados todos os instrumentos de percussão nessa semana, para vivê-la bem. Coloque só um órgão, um carron, um violão, a voz o mais suave possível; ou um canto com coral para que vivamos bem e levemos a assembleia a este tempo, porque se colocamos qualquer instrumento, qualquer música que destoe dessa semana, vamos fazer com que os fiéis não vivam bem o tempo da Semana Santa. Tudo isso para que no Sábado de Aleluia e no Domingo, possamos cantar: “Aleluia e o Glória, Ele ressuscitou!”

Eu convido você, meu amigo, meu irmão músico, que está comigo sempre, que está com a Canção Nova sempre, a viver bem esse período, a ser obediente à Igreja e a ver o que a liturgia do dia está pedindo. Você verá que a unção vai pairar sobre você só pela sua obediência. A eficácia do seu trabalho vai se dar devido à disciplina daquilo que você vive junto com a liturgia do dia com a Igreja.

Um abraço a você! Na nossa simplicidade nós tentamos ajudá-lo da forma que podemos.
Deus o abençoe!

Por Karina Maria - Missionária da Comunidade Canção Nova
http://www.cancaonova.com/musica

15 março 2010

A música católica não é feita para fazer sucesso

A música católica não é feita para fazer sucesso


O músico exerce uma função importante na liturgia e também nos momentos de louvor. O que precisa estar muito presente no coração dele é a dinâmica da espiritualidade. A espiritualidade do músico católico deve ser voltada para a experiência católica.

Um exemplo: um músico católico que não vai à Missa, deixa de ser um músico católico, porque ela é o auge da espiritualidade católica. Outra coisa que precisa ficar presente na espiritualidade do músico católico é a Adoração Eucarística, buscar Jesus na Eucaristia e todas as suas vertentes, como a intimidade com a Palavra de Deus.

Você, músico, conhece muito bem as fontes de inspiração. Quando a música brota da Palavra de Deus, ela tem uma eficácia sobrenatural, basta você musicar a Palavra pela inspiração, buscar a harmonia no coração de Deus e você vai ver como a música "pega". A Bíblia em si já traz vida, libertação e cura. Precisamos fazer uma experiência com a Palavra de Deus.

Algo importante também é a intimidade com o Espírito Santo, porque – em minha opinião, e creio que não seja só em minha opinião – isso é obra de Deus, pois a inspiração da música católica precisa vir do Espírito Santo.

Nós também não precisamos consultar harmonias da música secular para colocar na música católica. Pois, assim, perde em unção, perde em eficácia, porque o Espírito Santo é a criatividade por excelência. É Ele quem dá a criatividade, então, não há necessidade de buscá-la em outras fontes.

Há uma passagem do profeta Jeremias que diz: "Os grandes da cidade enviaram os servos à procura de água. Encaminham-se estes às cisternas; água, porém, não encontram, e voltam com os recipientes vazios, envergonhados, confundidos, cobertas as cabeças" (Jer 14,3). O povo estava deixando as águas puras para buscar água em cisternas vazias.

Isso é muito importante para que tenhamos consciência. Não deixe a "água pura", a fonte da Palavra, da Eucaristia, da experiência dos santos, do relacionamento pessoal com a Virgem Maria. Tudo isso é fonte de inspiração. Não busque em "cisternas" vazias! Deus fala a nós nessa Palavra e nos indica o caminho a seguir.

A música, então, precisa brotar da oração e não de um acorde secular. O acorde é Deus quem vai dar. Conheço muitos músicos e, partilhando com eles sobre o nascimento de uma música, sei que ela vem de um momento de oração e Adoração Eucarística.

A música católica não é feita para fazer sucesso. O sucesso que Deus quer são almas salvas, vidas transformadas, pessoas curadas! E a música tem este poder. Assim como tem o poder de fazer uma pessoa se embriagar, se drogar – como vemos, por exemplo, nas festas rave – ela tem o poder de transformar uma vida. Nós precisamos "virar a mesa", virar o jogo e apresentar uma música pura, que vem do Céu e transforma vidas.

Que Deus abençoe você e que Ele próprio o inspire. Não busque fora de Deus, porque só Ele tem a inspiração para o novo da sua canção.



Padre Roger Luis da Silva

Comunidade Canção Nova

13 março 2010

Salmo do DOMINGO - 14/03/2010

MELODIAS:
-- PORTAL DA MÚSICA CATÓLICA (www.portaldamusicacatólica.com.br)

audio:
http://portaldamusicacatolica.com.br/salmos/salmo_33_diacada.mp3
letra & cifra:
http://portaldamusicacatolica.com.br/salmos/salmo_33.doc

-- CANÇÃO NOVA (www.cancaonova.com/musica)



cifra:
http://wiki.cancaonova.com/index.php/09/08/2009_Salmo_33

10 março 2010

Carta do Papa João Paulo II sobre a Música Litúrgica

Carta do Papa João Paulo II sobre a Música Litúrgica

Extraída do Osservatore Romano de 13/12/2003

Quirógrafo do Sumo Pontífice João Paulo II no centenário do Motu proprio «Tra le sollecitudini» sobre a Música sacra

Publicamos a seguir o texto do Quirógrafo de João Paulo II, publicado por ocasião do primeiro centenário do Motu proprio «Tra le sollecitudini» sobre a Música sacra, emanado pelo Papa Pio X, em que se recorda a importante função da música, como instrumento de elevação do espírito e como ajuda preciosa para os fiéis na «participação activa nos sacrossantos mistérios e na oração pública e solene da Igreja».

Eis a tradução do mencionado Quirógrafo pontifício:

1. Impelido por um profundo desejo «de manter e de promover o decoro da Casa de Deus», o meu Predecessor São Pio X emanava, há cem anos, o Motu proprio Tra le sollecitudini, que tinha como objecto a renovação da música sacra nas funções do culto. Com isso, ele pretendia oferecer à Igreja indicações concretas naquele sector vital da Liturgia, apresentando-a «quase como um código jurídico da música sacra». Tal intervenção, igualmente, fazia parte do programa do seu pontificado, que ele tinha resumido no dístico: «Instaurare omnia in Christo».

A data centenária do documento oferece-me a ocasião para destacar a importante função da música sacra, que São Pio X apresenta seja como um meio de elevação do espírito a Deus, seja como ajuda para os fiéis na «participação activa nos sacrossantos mistérios e na oração pública e solene da Igreja».

A especial atenção que é necessário reservar à música sacra recorda o Santo Pontífice, deriva do facto de que, «como parte integrante da solene liturgia, dela faz parte a finalidade geral que é a glória de Deus e a santificação e a edificação dos fiéis». Interpretando e expressando o sentido profundo do sagrado texto ao qual está intimamente unida, ela é capaz de «acrescentar maior eficácia ao mesmo texto, para que os fiéis [...] se disponham melhor para acolher em si os frutos da graça, que são próprios da celebração dos sacrossantos mistérios».

2. Este delineamento foi retomado pelo Concílio Ecuménico Vaticano II, no capítulo VI da Constituição Sacrosanctum concilium sobre a sagrada Liturgia, onde menciona com clareza a função eclesial da música sacra: «A tradição musical de toda a Igreja constitui um património de inestimável valor, que sobressai entre as outras expressões de arte, especialmente pelo facto de que o canto sacro, unido às palavras, é uma parte necessária e integral da liturgia solene». O Concílio recorda, ainda, que «o canto sacro é elogiado seja pela Sagrada Escritura, seja pelos Padres, seja ainda pelos Pontífices Romanos que recentemente, a começar por São Pio X, sublinharam €com €insistência €a €tarefa ministerial da música sacra no serviço divino».

Continuando, de facto, a antiga tradição bíblica, à qual o mesmo Senhor e os Apóstolos se mantiveram apegados (cf. Mt 26, 30; Ef 5, 19; Cl 3, 16), a Igreja, ao longo de toda a sua história, favoreceu o canto nas celebrações litúrgicas, oferecendo segundo a criatividade de cada cultura, maravilhosos exemplos de comentário melódico dos textos sagrados, nos ritos tanto do Ocidente como do Oriente.

Portanto, foi constante a atenção dos meus Predecessores a este delicado sector, a propósito do qual foram evocados os princípios fundamentais que devem animar a produção da música sacra, especialmente destinada à Liturgia. Além do Papa São Pio X, devem ser recordados, entre outros, os Papas Bento XIV, com a Encíclica Annus qui (19 de Fevereiro de 1749); Pio XII, com as Encíclicas Mediator Dei (20 de Dezembro de 1947) e Musicae sacrae disciplina (25 de Dezembro de 1955); e, finalmente, Paulo VI, com os luminosos pronunciamentos que disseminou em múltiplas oportunidades.

Os Padres do Concílio Vaticano II não deixaram de reforçar tais princípios, em vista da sua aplicação às condições transitórias dos tempos. Fizeram-no num capítulo especial, o sexto, da Constituição Sacrosanctum concilium. O Papa Paulo VI procedeu, pois, à tradução daqueles princípios em normas concretas, sobretudo por meio da Instrução Musicam sacram, emanada com a sua aprovação em 5 de Março de 1967, pela então Sagrada Congregação para os Ritos. É preciso voltar constantemente àqueles princípios de inspiração conciliar, para promover, em conformidade com as exigências da reforma litúrgica, um desenvolvimento que esteja, também neste campo, à altura da tradição litúrgico musical da Igreja. O texto da Constituição Sacrosanctum concilium onde se afirma que a Igreja «aprova e admite no culto todas as formas de verdadeira arte, dotadas das devidas qualidades», encontra os critérios adequados de aplicação nos nn. 50-53 da Instrução Musicam sacram, agora mencionada.

3. Em diferentes ocasiões, também eu me referi à preciosa função e à grande importância da música e do canto para uma participação mais activa e intensa nas celebrações litúrgicas, e sublinhei a necessidade de «purificar o culto de dispersões de estilos, das formas descuidadas de expressão, de músicas e textos descurados e pouco conformes com a grandeza do acto que se celebra», para assegurar dignidade e singeleza das formas à música litúrgica.

Em tal perspectiva, à luz do magistério de São Pio X e dos meus outros Predecessores, e considerando em particular os pronunciamentos do Concílio Vaticano II, desejo repropor alguns princípios fundamentais para este importante sector da vida da Igreja, com a intenção de fazer com que a música sacra corresponda cada vez mais à sua função específica.

4. Em conformidade com os ensinamentos de São Pio X e do Concílio Vaticano II, é preciso sublinhar acima de tudo que a música destinada aos sagrados ritos deve ter como ponto de referência a santidade: ela, de facto, «será tanto mais santa quanto mais estreitamente for unida à acção litúrgica». Por este exacto motivo, «não é indistintamente tudo aquilo que está fora do templo (profanum) que é apto a ultrapassar-lhe os umbrais», afirmava sabiamente o meu venerável Predecessor Paulo VI, comentando um decreto do Concílio de Trento€ e destacava que «se não se possui ao mesmo tempo o sentido da oração, da dignidade e da beleza, a música instrumental e vocal – impede por si o ingresso na esfera do sagrado e do religioso». Por outro lado, a mesma categoria de «música sacra» recebeu hoje um alargamento de significado, a ponto de incluir repertórios que não podem entrar na celebração sem violar o espírito e as normas da mesma Liturgia.

A reforma realizada por São Pio X visava especificamente purificar a música de igreja da contaminação da música profana teatral, que em muitos países tinha poluído o repertório e a prática musical litúrgica. Também nos nossos tempos é preciso considerar atentamente, como evidenciei na Encíclica Ecclesia de Eucharistia, que nem todas as expressões de artes figurativas e de música são capazes de «expressar adequadamente o Mistério acolhido na plenitude da fé da Igrejas». Consequentemente, nem todas as formas musicais podem ser consideradas aptas para as celebrações litúrgicas.

5. Outro princípio enunciado por São Pio X no Motu proprio Tra le sollecitudini, princípio este intimamente ligado ao precedente, é o da singeleza das formas. Não pode existir uma música destinada à celebração dos sagrados ritos que não seja, antes, «verdadeira arte», capaz de ter a eficácia «que a Igreja deseja obter, acolhendo na sua liturgia a arte dos sons».

Todavia, esta qualidade por si só não é suficiente. A música litúrgica deve, de facto, responder aos seus requisitos específicos: a plena adesão aos textos que apresenta, a consonância com o tempo e o momento litúrgico para o qual é destinada, a adequada correspondência aos gestos que o rito propõe. Os vários momentos litúrgicos exigem, de facto, uma expressão musical própria, sempre apta a fazer emergir a natureza própria de um determinado rito, ora proclamando as maravilhas de Deus, ora manifestando sentimentos de louvor, de súplica ou ainda de melancolia pela experiência da dor humana, uma experiência, porém, que a fé abre à perspectiva da esperança cristã.

6. Os cantos e as músicas exigidos pela reforma litúrgica – é bom sublinhá-lo – devem corresponder também às legítimas exigências de adaptação e de inculturação. É evidente, porém, que cada inovação nesta delicada matéria deve respeitar os critérios peculiares, como a investigação de expressões musicais, que correspondam à participação necessária de toda a assembleia na celebração e que evitem, ao mesmo tempo, qualquer concessão à leviandade e à superficialidade. É necessário, portanto, evitar, em última análise, aquelas formas de «inculturação», em sentido elitário, que introduzem na Liturgia composições antigas ou contemporâneas que possuem talvez um valor artístico, mas que induzem a uma linguagem realmente incompreensível.

Neste sentido, São Pio X indicava – usando o termo universalidade – um ulterior requisito da música destinada ao culto: «...mesmo concedendo a cada nação – ele considerava – de admitir nas composições religiosas formas particulares que constituem de certo modo o carácter específico da música que lhes é própria, elas não devem estar de tal modo subordinadas ao carácter geral da música sacra, que ninguém de outra nação, ao ouvi-la, tenha uma impressão negativa». Por outras palavras, o espaço sagrado da celebração litúrgica jamais deve tornar-se um laboratório de experiências ou de práticas de composição e de execução, introduzidas sem uma verificação atenta.

7. Entre as expressões musicais que mais correspondem à qualidade requerida pela noção de música sacra, particularmente a litúrgica, o canto gregoriano ocupa um lugar particular. O Concílio Vaticano II reconhece-o como «canto próprio da liturgia romana»€ à qual é preciso reservar, na igualdade das condições, o primeiro lugar nas acções litúrgicas celebradas com canto em língua latina. São Pio X ressaltava que a Igreja «o herdou dos antigos Padres», «guardando-o ciosamente durante os séculos nos seus códigos litúrgicos» e ainda hoje o «propõe aos fiéis» como seu, considerando-o «como supremo modelo de música sacra». O canto gregoriano, portanto, continua a ser também hoje, um €elemento €de €unidade €na €liturgia romana.

Como já fazia São Pio X, também o Concílio Vaticano II reconhece que «os outros géneros de música sacra, e especialmente a polifonia, não estão excluídos de modo algum da celebração dos ofícios divinos». É preciso, portanto, avaliar com atenção as novas linguagens musicais, para recorrer à possibilidade de expressar também com elas as inextinguíveis riquezas do Mistério reproposto na Liturgia e favorecer assim a participação activa dos fiéis nas diversas celebrações.

8. A importância de conservar e de incrementar o património secular da Igreja leva a ter em particular consideração uma exortação específica da Constituição Sacrosanctum concilium: «Promovam-se com empenho, sobretudo nas Igrejas Catedrais, as “Scholae Cantorum”. Por sua vez, a Instrução Musicam sacram determina a função ministerial da schola: «É digno de particular atenção, para o serviço litúrgico que desenvolve, o coro ou a capela musical ou ainda schola cantorum. No que se refere às normas conciliares da reforma litúrgica, a sua tarefa tornou-se ainda mais relevante e importante: deve, realmente, prover à execução exacta das partes que lhe são próprias, segundo os diversos tipos de cânticos, e favorecer a participação activa dos fiéis no canto. Portanto [...] promova-se com especial cuidado especialmente nas catedrais e ans outras igrejas maiores, nos seminários e nas casas de formação religiosas, um coro ou uma capela musical ou ainda uma schola cantorum». A tarefa da schola não foi diminuída: ela, de facto, desenvolve na assembleia a função de guia e de sustento e, nalguns momentos da Liturgia, desempenha a sua função específica.

Da boa coordenação de todos – o sacerdote celebrante e o diácono, os acólitos, os ministros, os leitores, o salmista, a schola cantorum, os músicos, o cantor e a assembleia – decorre aquele clima espiritual que torna o momento litúrgico realmente intenso, participado e frutífero. O aspecto musical das celebrações litúrgicas, portanto, não pode ser relegado nem à improvisação nem ao arbítrio de pessoas individualmente, mas há-de ser confiado a uma direcção harmoniosa, no respeito pelas normas e as competências, como significativo fruto de uma formação litúrgica adequada.

9. Também neste campo, portanto, se evidencia a urgência de promover uma formação sólida, quer dos pastores quer dos fiéis leigos. São Pio X insistia particularmente sobre a formação musical do clero. Uma insistência neste sentido foi reforçada também pelo Vaticano II: «Dê-se-lhes grande importância nos Seminários, nos Noviciados dos religiosos e das religiosas e nas casas de estudo, assim como noutros institutos e escolas católicas». Esta indicação ainda deve ser plenamente realizada. Portanto, considero oportuno recordá-la, para que os futuros pastores possam adquirir uma sensibilidade adequada também neste campo.

Nesta obra formativa, um papel especial é desempenhado pelas escolas de música sacra, que São Pio X exortava a apoiar e promover, e que o Concílio Vaticano II recomenda a instituir onde for possível. Fruto concreto da reforma de São Pio X foi a erecção em Roma, em 1911, oito anos depois do Motu proprio, da «Pontifícia Escola Superior de Música Sacra», que em seguida se tornou «Pontifício Instituto de Música Sacra». Além desta instituição académica, já quase centenária, que desempenhou e ainda desempenha um serviço qualificado na Igreja, existem muitas outras Escolas instituídas nas Igrejas particulares que merecem ser apoiadas e €incrementadas €para €um €melhor €conhecimento e execução da boa música litúrgica.

10. Dado que a Igreja sempre reconheceu e favoreceu o progresso das artes, não é de se admirar que, além do canto gregoriano e da polifonia, admita nas celebrações também a música moderna, desde que seja respeitosa do espírito litúrgico e dos verdadeiros valores da arte. Portanto, permite-se que as Igrejas nas diversas Nações valorizem, nas composições destinadas ao culto, «aquelas formas particulares que constituem de certo modo o carácter específico da música que lhes é própria». Na linha do meu Predecessor e de quanto se estabeleceu mais recentemente na Constituição Sacrosanctum concilium, também eu, na Encíclica Ecclesia de Eucharistia, procurei abrir espaço às novas formas musicais, mencionando juntamente com as inspiradas melodias gregorianas, «os numerosos e, frequentemente, grandes autores que se afirmaram com os textos litúrgicos da Santa Missa».

11. O século passado, com a renovação realizada pelo Concílio Vaticano II, conheceu um desenvolvimento especial do canto popular religioso, do qual a Sacrosanctum concilium diz: «Promova-se com grande empenhamento o canto popular religioso, para que os fiéis possam cantar, tanto nos exercícios de piedade como nos próprios actos litúrgicos». Este canto apresenta-se particularmente apto para a participação dos fiéis, não apenas nas práticas devocionais, «segundo as normas e o que se determina nas rubricas», mas igualmente na própria Liturgia. O canto popular, de facto, constitui um «vínculo de unidade, uma expressão alegre da comunidade orante, promove a proclamação de uma única fé e dá às grandes assembleias litúrgicas uma incomparável e recolhida solenidade».

12. No que diz respeito às composições musicais litúrgicas, faço minha a «regra geral» que são Pio X formulava com estes termos: «Uma composição para a Igreja é tanto sacra e litúrgica quanto mais se aproximar, no andamento, na inspiração e no sabor, da melodia gregoriana, e tanto menos é digna do templo, quanto mais se reconhece disforme daquele modelo supremo». Não se trata, evidentemente, de copiar o canto gregoriano, mas muito mais de considerar que as novas composições sejam absorvidas pelo mesmo espírito que suscitou e, pouco a pouco, modelou aquele canto. Somente um artista profundamente mergulhado no sensus Ecclesiae pode procurar compreender e traduzir em melodia a verdade do Mistério que se celebra na Liturgia. Nesta perspectiva, na Carta aos Artistas escrevo: «Quantas composições sacras foram elaboradas, ao longo dos séculos, por pessoas profundamente imbuídas pelo sentido do mistério! Crentes sem número alimentaram a sua fé com as melodias nascidas do coração de outros crentes, que se tornaram parte da Liturgia ou pelo menos uma ajuda muito válida para a sua decorosa realização.

No cântico, a fé é sentida como uma exuberância de alegria, de amor, de segura esperança da intervenção salvífica de Deus» (Ed. port. de L' Osserv. Rom. n. 18, pág. 211, n. 12).

Portanto, é necessária uma renovada e mais profunda consideração dos princípios que devem estar na base da formação e da difusão de um repertório de qualidade. Somente assim se poderá permitir que a expressão musical sirva de modo apropriado a sua finalidade última, que «é a glória de Deus e a santificação dos fiéis».

Sei ainda que também hoje não faltam compositores capazes de oferecer, neste espírito, a sua contribuição indispensável e a sua colaboração competente para incrementar o património da música, ao serviço da Liturgia cada vez mais intensamente vivida. Dirijo-lhes a expressão da minha confiança, unida à exortação mais cordial, para que se empenhem com esmero em vista de aumentar o repertório de composições que €sejam €dignas €da €excelência €dos mistérios €celebrados €e, €ao €mesmo tempo, €aptas €para €a €sensibilidade hodierna.

13. Por fim, gostaria ainda de recordar aquilo que São Pio X dispunha no plano prático, com a finalidade de favorecer a aplicação efectiva das indicações apresentadas no Motu proprio. Dirigindo-se aos Bispos, ele prescrevia que instituíssem nas suas dioceses «uma comissão especial de pessoas verdadeiramente competentes em matéria de música sacra». Onde a disposição pontifícia foi posta em prática, não faltaram os frutos. Actualmente, são numerosas as Comissões nacionais, diocesanas e interdiocesanas que oferecem a sua contribuição preciosa para a preparação dos repertórios locais, procurando realizar um discernimento que considere a qualidade dos textos e das músicas. Faço votos a fim de que os Bispos continuem a secundar o esforço destas Comissões, favorecendo-lhes €a €eficácia €no €âmbito pastoral.

À luz da experiência amadurecida nestes anos, para melhor assegurar o cumprimento do importante dever de regulamentar e promover a sagrada Liturgia, peço à Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos que intensifique a atenção, segundo as suas finalidades institucionais, aos sectores da música sacra litúrgica, valendo-se das competências das diversas Comissões e Instituições especializadas nesse campo, como também da contribuição do Pontifício Instituto de Música Sacra. É importante, de facto, que as composições musicais utilizadas nas celebrações litúrgicas correspondam aos critérios enunciados por São Pio X e sabiamente desenvolvidos, quer pelo Concílio Vaticano II quer pelo sucessivo Magistério da Igreja. Nesta perspectiva, estou persuadido de que também as Conferências episcopais hão-de realizar cuidadosamente o exame dos textos destinados ao canto litúrgico, e prestar uma atenção especial à avaliação e promoção de melodias que sejam verdadeiramente aptas para o uso sacro.

14. Ainda no plano prático, o Motu proprio do qual se celebra o centenário, aborda também a questão dos instrumentos musicais a serem utilizados na Liturgia latina. Dentre eles, reconhece sem hesitação a prevalência do órgão de tubos, sobre cujo uso estabelece normas oportunas. O Concílio Vaticano II acolheu plenamente a orientação do meu Predecessor, estabelecendo: «Tenha-se grande apreço, na Igreja latina, pelo órgão de tubos, instrumento musical tradicional e cujo som é capaz de trazer às cerimónias do culto um esplendor extraordinário e elevar poderosamente o espírito a Deus e às coisas celestes».

Deve-se, porém, reconhecer que as composições actuais utilizam frequentemente modos musicais diversificados não desprovidos da sua dignidade. Na medida em que servem de ajuda para a oração da Igreja, podem revelar-se como um enriquecimento precioso. É preciso, porém, vigiar a fim de que os instrumentos sejam aptos para o uso sacro, correspondam à dignidade do templo, possam sustentar o canto dos fiéis e favoreçam a sua edificação.

15. Desejo que a comemoração centenária do Motu proprio Tra le sollecitudini, por intercessão do seu santo Autor, conjuntamente com Santa Cecília, Padroeira da música sacra, sirva de encorajamento e estímulo para aqueles que se ocupam deste importante aspecto das celebrações litúrgicas. Os cultores da música sacra, dedicando-se com impulso renovado a um sector de relevância tão vital, contribuem para o amadurecimento da vida espiritual do Povo de Deus. Os fiéis, por sua vez, expressando de modo harmónico e solene a sua própria fé com o canto, experimentarão cada vez mais profundamente a riqueza e harmonizar-se-ão no esforço em vista de traduzir os seus impulsos nos comportamentos da vida quotidiana. Poder-se-á, assim, alcançar, graças ao compromisso concorde dos pastores de almas, dos músicos e dos fiéis, aquilo que a Constituição Sacrosanctum concilium qualifica como verdadeira «finalidade da música sacra», isto é, «a glória de Deus e a santificação dos fiéis».

Nisto, sirva também de exemplo e modelo a Virgem Maria, que soube cantar de modo único, no Magnificat, as maravilhas que Deus realizou na história do homem. Com estes bons votos, concedo-vos a todos a minha afectuosa Bênção.

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 22 de Novembro de 2003, memória de Santa Cecília, no vigésimo sexto ano de Pontificado.

1) Pio X, Pontificis Maximi Acta, vol. I, pág. 77.
2) Ibidem.
3) Ibid., n. 1, pág. 78.
4) Ibidem.
5) N. 12.
6) Ibidem.
7) Ibidem.
8) Cf. AAS 59 (1967), pp. 312-316.
9) Cf., por exemplo, Discurso ao Pontifício Instituto de Música Sacra no 90 aniversário de fundação (19 de Janeiro de 2001), 1: Insegnamenti XXIV/1 (2001), pág. 194.
10) Audiência geral de 26 de Fevereiro de 2003, 3: L' Osservatore Romano (ed. port. de 1.3.2003), pág. 124.
11) Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. sobre a Liturgia Sacrosanctum concilium, 112.
12) Discurso aos participantes da assembleia geral da Associação Italiana Santa Cecília (18 de Setembro de 1968), em: Insegnamenti VI (1968), pág. 479.
13) Ibidem.
14) N. 50, em: AAS (2003), pág. 467.
15) N. 2, pág. 78.
16) Ibid., pp. 78-79.
17) Const. sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum concilium, 116.
18) Cf. S. Congregação para os Ritos, Instrução sobre a música na sagrada Liturgia Musicam sacram (5 de Março de 1967), 50, em: AAS 59 (1967), 314.
19) Motu proprio Tra le sollecitudini, n. 3, pág. 79.
20) Const. sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum concilium, 116.
21) Cf. Ibid., n. 30.
22) Ibid., n. 114.
23) N. 19, em: AAS 59 (1967), 306.
24) Const. sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, 115.
25) Cf. Motu proprio Tra le sollecitudini, n. 28, pág. 86.
26) Cf. Const. sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, 115.
27) Pio X, Motu proprio Tra le sollecitudini, n. 2, pág. 79
28) Cf. n. 119.
29) N. 49, em: AAS 95 (2003), pág. 466.
30) N. 118.
31) Ibidem.
32) João Paulo II, Discurso no Congresso Internacional de Música Sacra (27 de Janeiro de 2001), 4, em: Insegnamenti XXIV/1 (2001), pp. 239-240.
33) Motu proprio Tra le sollecitudini, n. 3, pág. 79.
34) Cf. Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, 112.
35) N. 12, em: Insegnamenti XXII/1 (1999), pág. 718.
36) Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, 112.
37) Motu proprio Tra le sollecitudini, n. 24, pág. 85.
38) Cf. João Paulo II, Carta ap. Vicesimus quintus annus (4 de Dezembro de 1987), 20: AAS 81 (1989), pág. 916.
39) Cf. João Paulo II, Const. ap. Pastor Bonus (28 de Junho de 1988), 65, em: AAS 80 (1988), pág. 877.
40) Cf. João Paulo II, Carta enc. Dies Domini (31 de Maio de 1998), 50, em: AAS 90 (1998), pág. 745; Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Instr. Liturgiam authenticam (28 de Março de 2001), 108, em: AAS (2001), pág. 719.
41) Institutio generalis Missalis Romani, editio typica III, pág. 393.
42) Motu proprio Tra le sollecitudini, nn. 15-18, pág. 84.
43) Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum concilium, 120.
44) Ibid., n. 112.

A IMPORTÂNCIA DA ARTE RELIGIOSA

A IMPORTÂNCIA DA ARTE RELIGIOSA


Um importante evento artístico católico vai acontecer na Argentina, de 10 a 12 de novembro, e que serve de bom exemplo para toda a Igreja. È parte do “Buenos Aires para a Nova Evangelização” (BANUEV): 11º Convivência Nacional de Artistas Católicos BANUEV no marco do 15º Multifestival desta instituição. A convivência "é um espaço de encontro entre irmãos de todo o país, e do estrangeiro, para nos conhecer, orar juntos, compartilhar experiências de espiritualidade e também de formação em diversas áreas da arte". (ACI, Buenos Aires, 09 out 06)

Será um Encontro para artistas de todas as áreas: músicos, cantores, solistas, bandas, ministérios de música, animadores paroquiais, atores, grupos de teatro paroquiais, artistas plásticos, catequistas, integrantes de diversos movimentos e grupos. Está dedicada "a todos aqueles que consideramos o arte um meio para transmitir ao mundo a beleza que nos ama, cria-nos e nos salva: um meio de evangelização".

Neste ano o evento se realiza com o lema "Para meus pés tocha é sua Palavra, Luz para meu caminho" e incluirá palestras, testemunhos, mesas redondas, orações, entre outras atividades artísticas. (banuevconvivencia@hotmail.com) A Igreja sempre deu grande valor para as artes; as pinturas e imagens nas igrejas dos primeiros séculos eram consideradas o Evangelho para os iletrados. Durante a Idade Média a arte muito ajudou a propagação da fé; Michel Ângelo, cristão, fundou uma Academia de Belas Artes em Roma para decorar a Basílica de S. Pedro, que é toda revestida de mosaicos. Decorou toda a Capela Sistina com pinturas maravilhosas com temas sagrados; esculpiu o famoso Moisés que está na igreja de S. Pedro das Cadeias em Roma; produziu quatro “Pietás”, uma delas está na Basílica de S. Pedro em Roma; e muito mais.

Da mesma forma, o nosso Aleijadinho deixou fantásticas obras de arte sacra entre nós, na região de Minas Gerais. Em Congonhas do Campo vemos a maravilhosa Via Sacra, construída em madeira, com os personagens em tamanho natural. No alto da igreja estão as imagens dos Profetas, esculpidas por Aleijadinho em pedra sabão.
Falando aos Artistas no em 18 fev 2000, na celebração do Jubileu do Ano 2000, o Papa João Paulo II disse-lhes:

“Ninguém como vós, estimados cultores da arte, se pode sentir aqui como se estivesse na própria casa, neste lugar onde fé e arte se encontram de maneira tão singular, elevando-nos à contemplação da glória divina... Chegou o momento de restabelecer aquela profunda aliança entre Igreja e arte, que marcou profundamente o caminho do cristianismo ao longo destes dois milênios. Estimados artistas e crentes, isto requer a vossa capacidade de viver profundamente a realidade da fé cristã, de tal forma que ela se torne geradora de cultura e proporcione ao mundo novas epifanias da beleza divina, refletida na criação. Na Carta aos Artistas, o Papa já tinha dito: "na "criação artística, mais do que em qualquer outra atividade, o homem revela-se como "imagem de Deus", e realiza aquela tarefa, em primeiro lugar plasmando a "matéria" estupenda da sua humanidade e depois exercendo um domínio criativo sobre o universo que o circunda" (N. 1).

“Deus deixa-se entrever no vosso espírito através do fascínio e da nostalgia da beleza. De fato, não há dúvida de que o artista tem uma relação particular com a beleza e até se pode dizer que a beleza é "a vocação a que o Criador o chamou" (Carta aos Artistas, 3). Se formos capazes de discernir nas numerosas manifestações do belo um raio da beleza suprema, então a arte torna-se um caminho rumo a Deus, e estimula o artista a conjugar o seu talento criativo com o empenho de uma vida cada vez mais em sintonia com a lei divina. Por vezes, precisamente o confronto entre o esplendor da realização artística e o peso do próprio coração pode despertar aquela inquietação salutar, que origina o desejo de vencer a mediocridade e iniciar uma vida nova, aberta com generosidade ao amor de Deus e dos fiéis”. Falando da importância das artes sacras, o Catecismo da Igreja diz:

“A arte sacra é verdadeiramente bela quando corresponde, por sua forma, à sua vocação própria: evocar e glorificar na fé, e na adoração, o Mistério transcendente de Deus, beleza excelsa e invisível de verdade e amor, revelada em Cristo, “resplendor de sua glória, expressão de seu Ser” (Hb 1,3), em que “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2,9), beleza espiritual refletida na Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, nos anjos e nos santos. A arte sacra verdadeira leva o homem à adoração, à oração e ao amor de Deus Criador e Salvador, Santo e Santificador.” (§2502)

É preciso dizer que ninguém como a Igreja católica cooperou tanto como Ocidente nas artes e na música; basta olhar os monumentos, museus, igrejas, especialmente da Europa.

Prof. Felipe Aquino

08 março 2010

Sejamos simples como as pombas.

Sejamos simples como as pombas

As coisas simples sempre trazem grandes ensinamentos para nossa vida. Na simplicidade está a verdadeira beleza, porque Deus é simples.

Atualmente vivemos num mundo no qual gostar de coisas singelas parece ter um sentido de inferioridade; mas é bem o contrário, quanto mais simples são as coisas, tanto mais profundas e belas elas são e nós mais felizes seremos.

Peçamos hoje a Jesus a graça de sermos homens e mulheres simples, como as crianças, para refletirmos a beleza daqueles que optam em viver a simplicidade de Deus.

“O Reino dos céus é para aqueles que se assemelham às crianças” (Mt 19,14)

Jesus, eu confio em Vós!

Por.: Luzia Santiago - Comunidade Canção Nova

05 março 2010

Salmos - Melodias e Cifras para este domingo 07/03/2010

O SENHOR É BONDOSO E COMPASIVO

Portal da Música Católica:
Letra e Cifra:
http://www.portaldamusicacatolica.com/salmos/salmo_102_4.doc

Melodia
http://www.portaldamusicacatolica.com/salmos/salmo_102_4_discada.mp3

Melodia Canção Nova



Cifra:
http://wiki.cancaonova.com/index.php/07/03/2010_Salmos_102

03 março 2010

A MÚSICA NA MISSA - MOMENTOS DA LITURGIA - PARTE 1

A MÚSICA NA MISSA - MOMENTOS DA LITURGIA - PARTE 1
(Rafael de Angeli - Canal da Graça)

Olá, amigo(a), músico de Deus.

Aprenderemos, a partir de agora, sobre um dos momentos mais importantes da liturgia: a música nas missas e celebrações.

"A liturgia, como exercício da função sacerdotal de Cristo, comporta um duplo movimento: de Deus aos homens, para operar a sua santificação, e dos homens a Deus, para que eles possam adorá-lo em espírito e verdade." (Instrução sobre formação litúrgica nos seminários, p.49).

Por isso a liturgia, de um modo geral, pode ser entendida como um diálogo entre o Deus-Trindade e o Homem-Comunidade. Este diálogo é composto de vários momentos. Cada momento tem o seu "espírito" próprio, seu sentimento peculiar, e portanto, uma expressão diferenciada. Ninguém pede perdão de forma triunfal, nem dá um "viva" tímido. Cada momento da liturgia exige um tipo de expressão musical.

Sem conhecer o espírito de cada momento do diálogo litúrgico, corremos o risco de dar um "viva" tão tímido que ninguém se sinta estimulado a responder.

Para melhor conhecer as diversas expressões e celebrações litúrgicas, deveríamos estudá-las com atenção e objetividade. Neste espaço, estudaremos aquela que é o ápice da vida cristã: a Celebração Eucarística.

Cada música da Celebração Eucarística tem seu papel e Inspiração própria de cada momento litúrgico dentro da celebração.

I - RITOS INICIAIS

Preparação

É um momento que foi esquecido durante algum tempo e agora está voltando ao uso. Enquanto alguns "acolhem" os irmãos que estão chegando para a festa da Eucaristia, o ministro de música pode preencher o ambiente com um solo instrumental. Alguns, neste momento, costumam ensaiar as canções que farão parte da celebração. Pode-se também colocar um CD de meditação, ou das músicas que se irá ensaiar. O importante é criar um ambiente de vida, pois é Cristo, Verdade e Vida, que iremos celebrar.

Entrada

Toda a assembléia, unida em uma só voz, canta a alegria festiva de reunir-se como irmãos em torno do Cristo. Esta canção deve deixar claro para toda a assembléia, que festa, ou mistério do Tempo Litúrgico (A segunda "perna" do tripé litúrgico") iremos celebrar. Todo o povo deverá ser envolvido na execução desta canção.

A primeira impressão sempre marca todo o relacionamento. Assim também o canto inicial marcará toda a celebração.

Os instrumentos terão a função de unir, incentivar e apoiar o canto. Não deverão cobrir as vozes dificultando a compreensão do texto. Ninguém participa de uma celebração para ser admirado, ou para aumentar seu ibope na comunidade. "Tocar na Missa" é um serviço e uma oração. Todo este canto como a procissão do sacerdote não deverão ser demasiado longas. O canto deve terminar quando o sacerdote chega ao altar.

Ato Penitencial

Neste canto aclamamos a Cristo como "Nosso Senhor" e lhe pedimos perdão. É um canto de repouso. Sua melodia deve traduzir a contrição de quem pede perdão. Todo o povo deve participar deste canto, mas admite-se um diálogo solista-povo.

Não é necessário que este canto seja muito "florido". A simplicidade é a melhor forma de expressar o arrependimento. O instrumentista deve traduzir este espírito de confiança e invocação acompanhado de modo suave, quase imperceptível. Para isto pode-se até excluir a percussão deste momento.

Glória

Esta é a canção da alegria, o canto que os anjos e pastores cantaram para saudar o nascimento do redentor (cf. Lc 2,14). Desde o século IV que os cristãos cantam. Houve uma época que só os bispos o podiam cantar. Hoje recomenda-se que toda assembléia cante o "glória" com ânimo e alegria. Para isso é útil bater palmas, erguer os braços, repicar os sinos expressando Glória a Deus nas Alturas... É importante não esquecer duas coisas: que o canto e suas expressões devem seguir a realidade da assembléia e que continuamos com os pés no chão, e que o nascimento de Cristo, hoje, depende de nossa boa vontade.

Este canto é excluído no advento e na quaresma, nos outros tempos deve ser executado e de preferência "cantado". Não é bom que seja parte exclusiva do coral. Este poderá cantá-lo em diálogo com o povo.

O glória deve ser, antes de tudo, uma manifestação do louvor a Deus-Pai e ao Cordeiro.

Os instrumentos têm papel importantíssimo neste canto. A percussão poderá ser bem explorada. É claro que a parte não deverá sobressair em detrimento do todo, mas neste canto os instrumentos poderão destacar-se um pouco mais.



Continuaremos a estudar este tema no próximo artigo!
Jesus abençoe!

Rafael de Angeli
rafael@canaldagraca.com.br
Canal da Graça - Araraquara-SP

A IMPORTÂNCIA DA INTERCESSÃO PARA OS MINISTROS DE MÚSICA

A IMPORTÂNCIA DA INTERCESSÃO PARA OS MINISTROS DE MÚSICA
(Rafael de Angeli - Canal da Graça)

A ação de qualquer pessoa, se "interpondo", podemos chamar e entender como "intercessão".

O intercessor se coloca no meio de duas pessoas, em uma briga, por exemplo, e como um advogado, tenta separá-los e promover a reconciliação entre ambos.

Você já deve ter vivido algum caso parecido na sua infância... Em toda turma de escola existe um colega que é motivo de zombaria durante um longo período de tempo por todos da classe. Meu coração sempre ficava partido quando isso acontecia em meus tempos de colégio, porque sempre sabia o que os "garotões" faziam com os pobres "meninos ingênuos". Nossa vontade sempre é de nos colocarmos no meio, de usarmos da força para empurrar aqueles rapagões e proteger a "presa", correto?

Através deste fato, podemos entender um pouco melhor o que são e o que fazem os intercessores, principalmente dentro de um ministério de música. O intercessor se coloca no meio. É a pessoa que vai até o Senhor e reza diante Dele.

Qual a real atitude de um intercessor? Ele é alguém que "se move para o meio"... O próprio verbo MOVER faz supor a ação de alguém que se comove com a situação. Ele se condói. Dói também nele. Ele sofre junto...

Como no exemplo da nossa infância (acima), nosso coração fica partido com toda a situação porque precisávamos fazer algo para ajudar o colega em aflição:

"Não! Este garoto vocês não machucam! Podem me bater, machucar, mas este vocês não pegam!".

Esta é a atitude do intercessor diante das necessidades das pessoas, colocando-se entre Deus e a pessoa, exercendo o papel de um advogado. É desta maneira que ocorre em um júri: o réu não pode dizer nada. Quem fala em seu nome é sempre o seu advogado.

O mesmo acontece dentro do ministério de música ou até mesmo em qualquer ministério da Igreja, principalmente os que são ligados às artes. Por serem "frentes de toda a batalha", há a necessidade de pessoas que façam a "ligação" entre a evangelização e a vontade do Senhor, barrando qualquer ação contrária ao momento.

Os intercessores não sabem falar, não sabem o que fazer, não sabem como advogar a causa. A Carta de Romanos nos revela: "Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus" (Rm 8, 26 - 27). Com estes ensinamentos da Palavra de Deus, começamos a ampliar nosso conceito de intercessor. O Espírito Santo é o verdadeiro intercessor; um poderoso intercessor. "Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza...".

Nós vimos a fraqueza de nosso "colega", o Espírito viu a nossa fraqueza e veio em nosso auxílio. Ele vem ajudar as nossas fraquezas. A oração do Espírito Santo em nós é intercessão. Ele louva, adora, proclama e também pede em nosso favor.

Deixe-se conduzir pelo Espírito Santo e experimente a graça de ser um intercessor!

Santa Cecília, rogai por nós!
Jesus abençoe!

Rafael de Angeli - Canal da Graça
rafael@canaldagraca.com.br
Coordenador do Ministério das Artes (RCC) da RE2
(Araraquara-SP e região) - Diocese de São Carlos-SP

A POSTURA DO MÚSICO

A POSTURA DO MÚSICO
(Karla Fioravante - Cantores de Deus)

Inicialmente ao falar de postura é preciso avaliar locais, situações, ocasiões. A palavra significa posição do corpo ou parte dele; atitude. Logo, podemos ir além da postura e falar de comportamento que vem a ser o conjunto de reações de um indivíduo.

Habitualmente o que se espera de um ministro de música na igreja é que tenha um comportamento adequado e um movimento de acordo com o ambiente em que está; incluindo bom senso principalmente.

É um tanto complexo falar de posturas e comportamentos, pois se questiona o que é certo e errado, conceitos chegam às pessoas como julgamentos. Não é esse o objetivo desse artigo. Na verdade é apenas para relembrar que é preciso ter uma postura nas celebrações. Lembrar que servimos a Deus, e a igreja é um local sagrado que exige respeito, silêncio, atenção, levar o povo a rezar, celebrar com os momentos de festa, enfim ser instrumento para Aquele que nos colocamos a serviço. Isso inclui um comprometimento, não apenas nos finais de semana, ou durante a celebração, mas está no agir diário de ser cristão em qualquer local e situação.

Durante as celebrações, é bom lembrar, inclusive, que o ministro de música canta com a comunidade e não para a comunidade, o que temos aí uma diferença. O músico, neste caso, tem como missão levar as pessoas a celebrarem e não assistirem uma apresentação musical. Aliás, podemos citar muitas paróquias em que o grupo de canto apenas canta para si mesmo, e a comunidade só assiste. No caso da Santa Missa, o centro é o Cristo, os animadores devem partilhar da canção com povo. Se os cânticos forem novos, ensaiar com a comunidade antes da celebração seria uma boa idéia, mas não cantarem apenas músicas conhecidas por eles (os músicos) e deixar o povo apenas de expectadores/ouvintes.

Algo de suma importância é um bom diálogo com o celebrante, o padre! O sacerdote deve saber as partes da liturgia que foram preparadas para serem cantadas (Glória, Salmo, Santo, Pai-Nosso, Cordeiro), saber os cânticos escolhidos (Entrada, Oferenda, Comunhão, Final) e certamente tais cantos devem estar de acordo com o rito do dia.

Há um grande número de jovens participando de grupos de cânticos nas missas, é belo vê-los presente, mocinhas, rapazes, é nossa igreja amanhã, pais e mães em um futuro próximo, porém esse é o momento de catequizá-los. Deixar os chicletes, blusinhas curtas, decotes, transparências e shorts curtinhos para outros ambientes. Convenhamos que não seja a melhor opção em uma celebração Eucarística e dentro de uma igreja.

Outro detalhe que é necessário citar é a altura dos instrumentos musicais nas celebrações, às vezes estão tão alto que não se escuta letra, o grupo e a comunidade. Instrumento é acompanhamento na celebração. Deve-se ter bom senso quanto a isso, não adianta muito barulho onde se celebra a palavra cantada.

Vale lembrar que conversas paralelas durante a celebração, mesmo que sejam sobre as músicas escolhidas, tons, etc., não é correto. Uma boa dica é marcar um dia e horário para discutir sobre as leituras, os cantos apropriados e os tons das canções. Na hora da celebração certamente não é o mais coerente. No caso de uma extrema necessidade, usar de discrição seria o mais viável.

Durante a execução dos cantos, também existe uma forma de se portar. A postura de nosso corpo deve estar de acordo com aquilo que se canta. A expressividade é um todo. Além das técnicas aplicadas ao canto, também é importante observar como se apresentar, como transparecer nossa essência, como sorrir e respondemos a essa expressividade. Ao cantar, os olhos, o corpo, a face corresponde ao que a música representa em nós e procura-se através das canções levarem pessoas a Deus!

“A harmonia dos sinais (canto, música, palavras e ações) é aqui mais expressiva e fecunda por exprimir-se na riqueza cultural própria do povo de Deus que celebra”. CIC 1158

Colocar um dom à disposição da igreja é colocar sua vida em serviço. Que saibamos estar inteiros em nossa missão, fazendo de nossa música uma música voltada para o Cristo e levando nossos irmãos a celebrar em harmonia com nossa expressão.


Karla Fioravante
karla.fioravante@terra.com.br
Cantores de Deus - São Paulo-SP

Palavra de Deus

Santa Bíblia...Livro dos livros!

Santos

Exemplos para nossa vida.

Eucaristia

Nosso Tesouro

Salmos

Os Salmos

As cores da liturgia

VERDE
BRANCO/Dourado
Roxo/Preto
Vermelho
*Azul

Oração de São Bento

A cruz Sagrada seja Minha Luz
Não Seja o Dragão meu guia
Vá de reto satanás
Nunca me aconselhes coisas vãs
É mau o que tu me ofereces
Bebe tu mesmo o teu veneno.

São Bento Rogai por nós.

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LITURGIA DIÁRIA - clique na imagem

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